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quarta-feira, 8 de abril de 2015

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https://secure.avaaz.org/po/petition/REPRESENTANTE_DA_UNESCO_MUNDIAL_E_NO_BRASIL_PROIBICAO_DE_ANIMAIS_E_CRIANCAS_EM_RODEIOS_NO_RIO_GRANDE_DO_SUL_1/?tPiWmdb

REPRESENTANTE DA UNESCO MUNDIAL E NO BRASIL: PROIBIÇÃO DE ANIMAIS E CRIANÇAS EM RODEIOS NO RIO GRANDE DO SUL.

REPRESENTANTE DA UNESCO MUNDIAL E NO BRASIL: PROIBIÇÃO DE ANIMAIS E CRIANÇAS EM RODEIOS NO RIO GRANDE DO SUL.

Por que isto é importante

Em Santa Maria/RS/Brasil, anualmente realiza-se um dos maiores rodeios do Brasil: o Rodeio Internacional do Cone Sul, cujo órgão promotor é a Estância do Minuano.
Neste rodeio, que tem a duração de 4 dias, realizam-se diversas provas, com a participação de animais e crianças.
Há dois anos tento embargar este rodeio em razão de sua inconstitucionalidade, maus tratos
aos animais e permitir a participação de crianças na arena do rodeio. Minhas denúncias nunca obtiveram resposta dos órgãos competentes.
Dirijo-me então a UNESCO enquanto órgão mundial e com atuação no Brasil, na esperança de obter proteção para a comunidade, o meio ambiente e os animais. Peço a proibição da participação de animais e crianças em Rodeios, em razão da violência, alta periculosidade e dos danos sociais e humanos decorrentes destes eventos. Os animais são protegidos na Constituição Federal, art. 225; no art 193 da Constituição Estadual; arts. 1º e seguintes do Decreto nº 24.645/34 e artigo 32 da Lei nº 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), de 12 de fevereiro de 1998,no art.10 dos Direitos dos Animais da UNESCO, e pela Lei Municipal Orgânica do Município de Santa Maria, e no Estatuto da Criança e do Adolescente.
As provas mais cruéis realizadas neste rodeio são as provas de laço e a gineteada. No terceiro dia de rodeio, deste ano, dia 07 de março, pela manhã numa prova de laço, uma vaquinha se quebrou ao entrar na arena e foi sacrificada. As provas de gineteada constam das seguintes modalidades: Gurupa, Pelo, Basto Aberto e Basto Oriental. Para valorizar as provas, os animais são estimulados a corcovear ou dar pinotes através do uso de instrumentos como as rédeas, o chicote e esporas. O animal é provocado a movimentos bruscos, uma vez que o nível de dificuldade aumenta pontos para o ginete. - A idéia é que o animal pareça “selvagem”, ou “xucro”, quando na verdade, todos eles já são animais amansados, apenas provocados a que pareçam indomados. - Os instrumentos usados para causar dor ou sofrimento ao animal são: Relho: chicote com cabo em geral de madeira e açoiteira de tranças semelhantes à de laço, com uma tira de couro cru na ponta. Rebenque: chicote curto, com o cabo em couro e com uma palma de couro na extremidade. Semelhante ao relho. Soga: corda feita de couro, fibra vegetal, ou de crina de animal. Tento: um tipo de rédea, amarrado à crina do animal. Rédea e bocal: atados à boca do animal. Gurupa: arreio apertado ao sovaco do animal, ficando fixado onde termina a crina, na parte superior a paleta do animal. Esporas: instrumento de metal, armado de pontas ou de um disco dentado móvel, chamado roseta, que se adapta à parte posterior do calçado para golpear o animal e causar sofrimento. Os dois modelos utilizados nas gineteadas são as esporas chilenas ou nazarenas. O próprio termo das esporas nazarenas revelam sua intensão de provocar dor: “As esporas nazarenas tem esse nome devido aos seus espinhos pontudos, que lembram os cravos que martirizaram Nosso Senhor.
Além do sofrimento pelos golpes e do estresse constante, o esforço para se livrar do montador e dos golpes faz o animal ficar sujeito a quedas que podem ser fatais. Devido a violência dos movimentos, os animais estão a todo tempo sujeitos a quedas fatais e fraturas. Há vários casos de animais que sofrem fratura na medula e ficam paralíticos e são sacrificados ou mesmo que morrem devido a lesão. Muitos animais se lesionam ou morrem antes mesmo de competir, durante as “seleções” dos “melhores” para as provas ou do próprio treinamento dos ginetes. Animais que se ferem ou que sofrem fraturas são simplesmente eutanasiados, uma vez que além do custo que haveria para uma recuperação, eles provavelmente não teriam o mesmo rendimento que antes dos ferimentos ou lesão. Antes mesmo de competirem em público, os animais passam por “seleções”, passando pelas mesmas crueldades das “provas” que ficarão sujeitos nas competições.Animais não considerados “aptos” para concorrerem são simplesmente descartados: abandonados ou vendidos a matadouros. De uma forma ou outra, raramente um animal selecionado para provas irá morrer de velhice. Ou irá se lesionar devido aos violentos torneios ou será descartado para um matadouro.
Estudos comprovam que o espetáculo onde se expõem animais à crueldade tem o caráter educacional de dessensibilizar os espectadores, principalmente crianças. Ou seja, indivíduos que se habituam com a crueldade contra animais tendem também a ver com naturalidade a violência contra outras pessoas. Além disso, devemos lembrar que em muitos casos, as provas podem estar pondo em risco a vida dos próprios competidores sem que possam ter ciência completa dos danos a que estão sujeitos, principalmente para jovens ou iniciantes que pretendem imitar as cenas assistidas nas exibições. Há riscos por nos permitirmos práticas bárbaras e cruéis contra seres indefesos; perigo de que nos dessensibilizemos a ponto de sermos indiferentes até mesmo quando se tratar de seres da nossa própria espécie.
Qualquer ritual festivo que tenha um animal como protagonista para atos de divertimento e mutilação é cruel. Rodeio é uma carniça verdadeiramente sinistra, um indivíduo humano é encorajado e aclamado para que mate um touro ou torture bezerros e cavalos, depois de atordoá-lo e amedrontá-lo e pregar-lhe instrumentos de ferros na espinha dorsal, na virilha e em outras partes do corpo. Os aplausos decorrem enquanto o animal chora, sangra e vomita. Não vemos a beleza nem a emoção neste espetáculo. O que todas as formas de discriminação têm em comum é o uso de um critério irrelevante para excluir pessoas da comunidade moral, negar a essas pessoas ou animais a integração completa à comunidade moral. O Especismo nega a integração completa à comunidade moral baseados somente na espécie. Todas essas formas de discriminação são moralmente injustificáveis. Rejeitamos o especismo porque ele não se distingue dessas outras formas de discriminação.
Rejeitamos a exploração animal e a tortura por isso pedimos uma intervenção da UNESCO junto as autoridades competentes do Rio Grande do Sul, com o objetivo de que seja proibida a participação de animais e crianças em Rodeios.

Magda Bicca Vieira
Educadora, Psicóloga em formação, ativista e ciberativista pelos Direitos dos Animais.

Santa Maria, 12 de março de 2015.

PROIBIÇÃO DE ANIMAIS E CRIANÇAS EM RODEIOS NO RIO GRANDE DO SUL.
 

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